terça-feira, 23 de agosto de 2011

Troféu em forma de gente

“Os nossos troféus não estão pendurados na parede. Eles estão nas ruas, trabalhando, estudando, são cidadãos de bem”, é assim que um dos coordenadores da academia Shizen Dojô, Luthero Castorino da Silva, define, com orgulho, as vitórias da entidade de São João del-Rei. É com essa filosofia que são oferecidas aulas gratuitas de Judô e outras artes marciais para cerca de 50 crianças e jovens, trabalhando com eles aspectos psíquicos, morais e sociais, por meio do esporte e da filosofia oriental de disciplina. Uma característica inédita da entidade é não participar de competições com outras academias.

Os quatro professores voluntários e o mestre-fundador da entidade, Roberto Ideack Satto, visam em suas aulas usar o esporte como instrumento de prevenção contra as drogas. “Nós trabalhamos a cabeça deles antes. Diga não às drogas. Então nós estamos sempre trabalhando na prevenção”, explica Luthero Silva. Um dos alunos, Diogo de Almeida, de 15 anos, afirma que “nas aulas a gente aprende a ter um bom convívio social e familiar, boas normas de conduta, boas notas na escola e uma boa relação no trabalho”. Já o aluno Marlon Chagas, de 13 anos, aprendeu que “O judoca deve se manter afastado de brigas e confusões”.

A postura da entidade é que o principal para o aluno é se superar e não superar o próximo em competições. Assim, a entidade criou uma forma diferenciada de avaliação para os judocas conquistarem graduações superiores, que não consideram apenas os golpes na prova.

Luthero Silva explica que “acontecem exames de seis em seis meses. E a filosofia é diferente. Conta mais pra nós a nota da escola do que do conhecimento propriamente dito do Judô. Então, a nota da escola é eliminatória, a do lar é eliminatória, pois os pais vêm aqui dar a nota. E por último a do Judô”.

Além de Judô, os jovens também podem aprender Kung Fu, Tai-chi-chuan, defesa pessoal, Kempô e algumas outras artes marciais. O amor à natureza também faz parte dos ensinamentos. Luthero Silva conta que periodicamente leva alunos para aulas na fazenda, junto à natureza.

Surgimento e manutenção

O Shizen Dojo surgiu em 10 de outubro de 1986, sempre mantido sem apoio público e com a ajuda de empresários e colaboradores. Atualmente, enfrenta sérias dificuldades. Após atraso de seis meses no aluguel, foram despejados do prédio em que atuavam. Em julho, as aulas passam a ser oferecidas na sede própria ainda em construção. Alguns voluntários ajudam nas obras para receber os alunos e professores, mesmo de forma emergencial e precária. Para se obter mais informações sobre o instituto de Judô Educacional Shizen Dojo os telefones de contato são (32) 3372-4296 ou (32) 3372-8832.

Arte e fé para sempre

Obras de arte e fé dos tempos de Tiradentes e Aleijadinho, e objetos sacros que podem ter sido venerados por nossos avós e outros antepassados estão preservados e expostos permanentemente em São João del-Rei no Museu de Arte Sacra. Os visitantes têm disponível uma extensa lista de obras raras, que constam a imagem de Cristo Flagelado esculpida por Aleijadinho, um São Jorge datado de 1765 e imagens da antiga Igreja do Senhor Bom Jesus de Matozinhos.

“As pessoas se sentem no túnel do tempo”, afirma o responsável pelo museu, Mauro André Santos. Segundo ele, o acervo é formado por diversos objetos que servem ao exercício da liturgia, como mobiliários, quadros, oratórios, presépios, e outras alfaias, paramentos (batinas e outras roupas), ex-votos (pinturas e variados objetos para “pagar promessas”) e ainda cruzes, lanternas, coroas, resplendores e jóias em ouro e prata. Também está em exposição uma grande imagem de Santa Margarida de Cortona, conhecida por haver próximo à sua imagem o cão puxando o seu vestido e uma caveira aos seus pés; além de turíbulos, ostensórios, cálices, louças e várias outras belas obras de arte sacra.

Além da peças expostas permanentemente, o Museu também conserva uma reserva técnica, que pode eventualmente ser exposta, caso alguma peça seja retirada para uso nas celebrações litúrgicas e para-litúrgicas. Isso acontece, pois a maioria das obras no Museu de Arte Sacra pertence a Irmandades, Confrarias, Arquiconfraria e Ordens Terceiras da cidade. Para mais entendimento do visitante, são colocados próximo às peças textos explicativos quanto à origem e significado delas.

Em visita ao museu, a estudante Priscila Santiago, de Prados, ficou impressionada com a beleza das peças e com a estrutura do museu. “É tudo muito belo e as peças, apesar da idade, estão muito bem conservadas. Eu adorei tudo, mas o que mais chamou minha atenção foi o Presépio da família Viegas”, diz a estudante. O presépio que encantou Priscila é datado da primeira metade do século XIX, e apresenta vários personagens de natal, em variados tamanhos, que pertenceram a Joaquim Francisco de Assis Pereira, mestre das obras da Igreja do Carmo, também na cidade.

O museu

O museu surgiu nos anos 80 e recentemente passou por reforma que modernizou e expandiu as instalações. Ele é mantido pela Fundação Museu de Arte Sacra de São João del-Rei, com o apoio da Igreja Católica e de órgãos públicos. É instalado no Largo do Rosário, no prédio onde funcionava a cadeia pública, e está aberto à visitação de terça à sexta-feira, de 12h às 17h

Gênero e tipologias- uma análise do texto de Patrick Charaudeau

O texto Gêneros e tipologias, quinto capítulo do livro Discurso das Mídias, de Patrick Charaudeau, apresenta uma classificação tipológica de gêneros informativos, analisando as características técnicas e discursivas de cada um deles. O capítulo está inserido em uma obra que trata do discurso midiático, abordando como ele é, na verdade, uma encenação midiática, tendo em vista que a possibilidade de escolher uma das várias formas para transmitir a informação, confere à mídia subjetividade.

O autor brevemente diferencia e explica os gêneros e tipologias. Segundo ele, o gênero é “constituido pelo conjunto das características de um objeto e constitui uma classe à qual o objeto pertence” (p. 204). Foram apresentados os três aspectos que determinam uma classe textual, o lugar de construção do sentido, que corresponde aos lugares de produção, recepção e do produto acabado; o grau de generalidade que são características textuais mais ou menos discriminantes. Mais gerais são menos discriminantes, como as funções da linguagem, os princípios gerais de organização dos textos (coerência, composição macroestruturante, etc). Menos gerais são mais discriminantes, como a classificação entre gêneros primários, simples e gêneros secundários. O outro aspecto é o modo de organização discursiva dos textos,que diferencia textos narrativos, descritivos, argumentativos, etc.

No tópico seguinte, Charaudeau aborda a definição do gênero de informação midiática que, segundo ele, é definido segundo o resultado do cruzamento entre um tipo de instancia enunciativa, um tipo de modo discursivo, um tipo de conteúdo e um tipo de dispositivo. A instância enunciativa caracteriza-se pela origem do falante e seu grau de implicação. O modo discursivo transforma o acontecimento midiático em notícia, organizando-se nas categorias “relatar o acontecimento”, “comentar o acontecimento” ou “provocar o acontecimento”. Isso permite, por exemplo, diferenciar reportagem de editorial.

Já o tipo de conteúdo temático é o macrodomínio social abordado pela notícia (política, ou cultura, por exemplo). O autor também ressaltou a diferença entre seção e rubrica. Seção são as grandes editorias e as rubricas são suas subdivisões. O tipo de dispositivo é o suporte midiático, o rádio, a Tv ou a imprensa.

Em seguida é discutido em mais profundidade a tipologia, que é o resultado de uma determinada classificação dos gêneros. Essa classificação é variável e depende da escolha das variáveis que se decide levar em conta, sendo que o uso de mais variáveis colabora com a compreensão da tipologia, mas prejudica a legibilidade. No caso do uso de menos variáveis, o efeito é contrário.O autor apresentou e comentou um exemplo de tipologia em que foram cruzados os principais modos discursivos, acontecimentos relatado, provocado ou comentado; com a instãncia enunciativa externa ou interna; e o grau de engajamento do falante.

Dentro desse quadro, foram inseridos vários gêneros jornalísticos que foram, pois, classificados. De forma interessante, o autor preveniu o leitor quanto a possibilidade de mudanças nessa tipologia devido às evoluções técnicas. Ele também questionou se as variações originam novos gêneros, subgêneros ou variações dos existentes. Apesar da necessidade de atualização, o estabelecimento deve ser o ato final, exigindo um trabalho prévio de descrição e análise.

Também é apresentada a característica do “contrato midiático”, que se desdobra em uma relação triangular entre a instância de informação, o mundo a comentar e a instância consumidora; e os desafios de visibilidade (para a informação atrair o receptor), da inteligibilidade (acessibilidade da informação) e o de espetacularização que é despertar interesse e emoção.

A entrevista também foi classificada no texto, que abordou as várias formas de diálogo humanos e jornalísticos de forma tão brilhante, reveladora e detalhada que merece ser lida diretamente no texto. Ainda sobre as entrevistas, o autor escreve sobre os problemas de credibilidade, devido a previsibilidade das respostas em entrevistas políticas, e a chance de que as respostas sejam escolhidas segundo a vontade da instancia emissora de informação.

Existe um paradoxo entre a necessidade de tempo para a explicação de temas complexos, e a necessidade de dinamismo para segurar a audiência, no caso de mídias eletrônicas. É interessante a análise feita acerca de reportagens e sua “autenticidade”. O autor também dedica páginas à analise dos gêneros da televisão, e a questão da reciprocidade e ao mesmo tempo independência da palavra e da imagem.

Também é interessante a explicação de cinco tipos de enunciação, a descrição-narração, a explicação, o testemunho, a proclamação e a contradição. Foi explicado como eles são utilizados na linguagem televisiva, que, aliás, pode ter três funções de imagem, as de designação, figuração e visualização; e, como instâncias de exibição a filmagem, montagem e topologia.

Após explanadas essas características, Charaudeau ilustra seu texto com a análise do ritual do telejornal e seu “caldeirão” de gêneros misturados. Ele comenta sobre a necessidade da televisão fazer o espectador se “reconhecer” na tela.

Ao fim do capítulo, são explicadas em mais profundidade as exigências de visibilidade, legibilidade e inteligibilidade na mídia impressa; as formas textuais nela, com ênfase no engajamento dos autores dos textos. Na última página é escrito algo importantíssimo, que as diferenças entre as estratégias discursivas dos veículos de mídia revelam o perfil dos leitores/receptores.

Destarte, o texto Gêneros e tipologias, quinto capítulo do livro Discurso das Mídias, de Patrick Charaudeau, é muito importante para estudantes e interessados nos discursos midiáticos, oferecendo informações relevantes que não cabem nesta resenha. A linguagem é simples, interessante e acessível, portanto, procure a obra e leia, pois vale a pena!

Os novos paradigmas nas eleições de 2010

Temos de lembrar que a festa provocada pelo presidente “Bossa Nova”, Juscelino Kubitschek, em seu “ensaio de P.A.C.”, o plano “50 anos em cinco”, escondia o início do grande endividamento do país que, por anos, atrasou o desenvolvimento brasileiro. JK investiu no cerrado, com a construção de Brasília. Lula investe na Alimentação e educação do povo. Será se Lula esconde algum preço pelo seus planos sociais, como Bolsa Família, de reestruturação das Universidades e de “Aceleração do Crescimento”? Um dia saberemos, pois, se houver um preço, o povo pagará.

Principalmente após o segundo mandato do petista Lula, fala-se menos de Vargas e JK, pois Lula fez uma administração um pouco semelhante ao que eles fizeram. Semelhanças não faltam. As tentativas de Lula criar um controle social de mídia, por exemplo, assemelha-se, mesmo que de longe, ao DIP de Vargas. A proximidade de Lula da paixão dos brasileiros, o futebol, lembra a proximidade de JK com a música, além dos planos de obras dos dois, como já citado.

O mandato de oito anos de Luis Inácio Lula da Silva está acabando. Neste ano acontecem eleições presidenciais, pela sexta vez após a redemocratização, além de eleições para deputados, senadores e governadores. A disputa entre Dilma e Serra é acirrada, pois nenhum candidato é tão amado quanto Lula, que possui hoje 83% de aprovação. O slogan da campanha de Serra, por exemplo, resume o bom momento político do país: “O Brasil pode mais”. Claramente tenta passar a ideia de que “mesmo o povo, e nós também, achando que está bom, o governo PSDB consegue fazer ainda mais”.

“Quem é que pode continuar tocando bem o Brasil para frente?” José Serra, com essa frase, admite o que só não é reconhecido por Fernando Henrique Cardoso, que o país está bem. Assim, o grande trabalho do marqueteiro tucano, Luiz Gonzáles, não é achar algo que prove que Dilma (ou Lula) se corrompeu. O desafio é analógico a convencer que o tetra-campeonato da Seleção na Copa de 1994 poderia ter sido ainda melhor e mais emocionante, ou seja, o desafio é convencer o eleitor de que Serra comandará o país pelo menos como Lula fez, mantendo, principalmente, o Bolsa Família.

Quando se fala sobre os slogans e como eles resumem o momento do país, basta comparar o “Brasil pode mais” de Serra, com “Collor, um novo tempo vai começar”. Hoje o que o povo menos quer é mudança, nem sonha com novo tempo. O que o eleitor quer é manutenção, diferente do cenário pós Sarney, em 1989, em que o povo queria sim mudança.

Uma característica da campanha tucana é não repetir agora o erro de 2006, com Geraldo Alckmin, quando com o slogan “Queremos um País Decente”, a campanha atacava a corrupção encontrada no governo Lula. Em primeiro lugar, o povo, em geral, não vê problemas em político que “Rouba, mas faz”. Em segundo, por que o recente escândalo do Democratas em Brasília, aliado de Serra, impede que a campanha ataque esse ponto. Seria o sujo falando do mal lavado.

Ainda aproveitando os slogans de campanha para analisar a situação política, basta lembrar que FHC, em 1994, com sua inesquecível mão de cinco dedos (isso, aparentemente para insultar Lula), prometia avanços sociais que nunca vieram em seus oito anos de governo, como vieram com Lula. Em 94, o slogan de FHC era “Gente em primeiro lugar”. Em 1998, prometendo que no segundo mandato sim, teria condições de fazer o Brasil avançar, emplacou o slogan “O Brasil não Pode Voltar Atrás. Avança, Brasil!” O eleitorado acreditou, se decepcionou e isso foi um grande apoio na vitória petista em 2002.

A realidade mudou, portanto, não adianta oferecer novidades como as campanhas anteriores faziam, prometendo “tempo novo”, “mudança”, “avanços”. O slogan que o eleitor parece querer é “Para continuar assim”. Quem conseguirá convencer que fará isso? A candidata apoiada pelo presidente que tem cerca de 80% de aprovação, ou o candidato do presidente do apagão, das privatizações, dos salários muito menores que os atuais e do descaso com a educação e o social?

Por falar em privatizações, na edição de 14 de março do Jornal da Globo, Arnaldo Jabor criticou Lula por não privatizar Aeroportos. Está ai um argumento para Serra. Não que deveria se privatizar aeroportos, mas talvez olhar essa possibilidade com mais carinho, pois de fato algumas privatizações deram certo. As rodovias, as operadoras de celular foram positivas. Ao contrário do que foi a telefonia fixa, serviços de satélite, Vale do Rio Doce...

O partido dos trabalhadores adota uma política de governo da “social democracia”, enquanto o Partido da Social Democracia Brasileira adota uma política neoliberal, do estado mínimo. Caso Serra adote um discurso de enxugamento do estado, provavelmente estará derrotado, pois os brasileiros necessitam sentir a presença do estado. A proposta da “esquerda antiga”, PT, por exemplo, já era de fortalecer o estado, mas a massa queria a presença dele, sem, com isso, perder sua liberdade e suas propriedades privadas, ou seja, nada de socialismo, mas nada de neoliberalismo. Lula nada mais fez do que equilibrar a presença do estado com as tendências de mercado.

Sobre a aversão brasileira ao socialismo, deve-se lembrar que isso foi percebido nas campanhas de 1989 e 1994, principalmente. Nessa época, Lula adotava uma postura agressiva e revolucionária que assustava a população que, mesmo abaixo da linha de pobreza, não estava em situação tão humilhante quanto estavam os camponeses da Rússia Czarista, pré revolução de 1917, e, portanto, tinha receio de perder suas posses, por mais modestas que fossem. Além disso, em um país majoritariamente católico, o comunismo é algo de que se deseja tanta distância quanto do Demônio.

Em 1998, FHC conseguiu derrotar Lula pela segunda vez, aproveitando-se de um momento de euforia com o sucesso do recente Plano Real. Logo após sua vitória, em “agradecimento” aos seus eleitores, promoveu um aumento de impostos. Por falar em plano real, Serra parece já ter percebido que criticar o Bolsa Família lhe trará tantos votos quanto trouxe para Lula, em 1994 e 1998, ao criticar o Real. Ou seja, seria um erro fatal.

Lula, em 2002, com seu discurso “Lula, paz e amor” e sua “Carta aos brasileiros”, para medo do empresariado, mas para a felicidade de um povo que reprovava fortemente o governo PSDB, que tenta, agora, voltar ao poder; ganha a eleição no segundo turno e tem um primeiro mandato mediano, repleto de equívocos e escândalos. Apesar disso, o fato de não querer “revolucionar” o país, com medidas radicais de esquerda, adotar uma postura centrista, seguindo boa parte da política econômica do governo FHC, e emplacar os programas “Fome Zero” e “Bolsa Família” garantem com que ele vença mais facilmente Geraldo Alckmin em 2006.

Os primeiros oito anos governados por um partido que não é de direita fez com que várias situações se modificassem. Aquela velha desculpa dos tucanos de que “não dá para fazer nada devido à dívida externa” acabou. Lula anunciou aos quatro ventos que a dívida com o FMI está paga. Se isso é verdade, não se sabe. Provavelmente Serra afirmaria que é mentira, mas é possível que a população não acredite. Outro ponto contra Serra é que os jovens universitários lembram como o ensino público foi sucateado no governo FHC. O medo disso também significa menos votos para o Tucano. Funcionários públicos também não vêem Serra com bons olhos.

Definitivamente, as eleições presidenciais de 2010 serão únicas, pois pela primeira vez não está em pauta nas campanhas mudanças, combate à corrupção, e aquele discurso comum de prometer Saúde, educação, segurança... O que está em pauta agora é como Serra vencer a euforia de um povo que, agora com Lula, tem TV de LCD, carro novo, casa própria. Não existe na massa da população sentimento de revolta com a corrupção e vontade de mudança. Receberá o voto do povo aquele que, pelo menos, convencer o eleitorado de que tudo será mantido ou que conseguir provar que tem como fazer melhor.

Por uma incrível ironia, Collor e Fernando Henrique venceram Lula entre 1989 e 1998 ao afirmarem que Lula mudaria demais. Hoje, em uma realidade com Lula, Collor, Sarney e PMDB juntos, a candidata Petista pode ganhar com esse mesmo discurso, o da manutenção. Dilma ou Serra, 13 ou 45? Essa resposta só mesmo depois da eleição.

O Brasil não é assim

O filme Amarelo Manga retrata um lado do Brasil, precisamente de Recife que poucos conhecem, até porque não existe tal como mostrado no filme. Em uma produção que critica os instintos animais nas pessoas, abordando loucuras delas, banalização da vida, do sexo e da violência, além de criticar a religião, que é usada por alguns personagens para esconder suas verdadeiras personalidades. O filme realmente critica fatos que existem, mas a abordagem mal feita, levaria algum estrangeiro que assistisse ele, a pensar que aquilo mostrado na película é regra aqui. Uma cena de total falta de sensibilidade foi quando se mostrou pessoas normais, passando a impressão, principalmente por trajes e posturas semelhantes a dos personagens do filme, que eles se comportam daquela forma.

Ora, nem toda evangélica traída passa a se prostituir, nem todo homem é agressivo, fala de forma chula e gosta de “matar cadáveres”. Nem todos vão ao terreiro de macumba, nem todos padres são loucos e passam a mão em homossexuais. Nem todos os hotéis e edifícios brasileiros e pernambucanos estão caindo aos pedaços como o hotel e o bar mostrados no filme. E, principalmente, nem todos os homens que transam com mulheres aceitam que ela enfie uma escova de cabelos em seu anus.

De fato, o filme apresenta uma série de semelhanças com a teoria crítica dos frankfurtianos, mas a abordagem ficou exagerada. De fato, é importante que se critique sempre, mas deve-se tomar cuidado para não generalizar. Nota-se uma grande ligação com a teoria crítica, até porque os produtores dessa película, aparentemente, tentaram fugir dos padrões da Indústria Cutural, não fazendo um filme linear, com início, meio e fim, como se exige de “campeões de bilheteria”. O filme não tem preocupação mercadológica e tenta ser totalmente “artístico”, pois sabe-se que o público de massa não tem boa aceitação de obras como essa, que faz pensar e refletir. Alguém que vai ao cinema com sua família, namorada(o), dificilmente assistiria a esse filme, que não apresenta uma estória facilmente “digerível”.

Portanto, Amarelo Manga tem forte influência das ideias da Teoria Crítica, mas faltou arte. Filmes comerciais também não têm arte, segundo os teóricos críticos, mas tem estratégias mercadológicas. Amarelo Manga não tem estratégias mercadológicas, mas também não tem arte, o que fez da obra, algo chulo, grosseiro e vazio. Sem pé nem cabeça, ele é a cara de um Brasil de minorias tão (ou mais) minoritárias quanto a elite representada em filmes criticados por alguns intelectuais do país..

O Informante

O filme “O Informante”, em que o produtor de TV americano, Lowell Bergman, leva o cientista e ex-funcionário de uma empresa de tabaco, Dr. Wigand, a denunciar no programa 60 minutes a inclusão, pela indústria tabagista, de substâncias altamente tóxicas nos cigarros, apresenta um dilema entre a vontade de denunciar os crimes e a “destruição” da vida do informante. De posse de um dossiê, o jornalista pede que Wigand o interprete, mas o cientista resolve, com o estímulo de Bergman, denunciar no programa e, posteriormente, na justiça.

Com a luz do Código de Ética brasileiro e da extinta Lei de Imprensa Brasileira, podemos encontrar códigos que foram respeitados e outros que não foram. Um detalhe inicial é que, como as denúncias não afetariam diretamente o governo, a Lei de Imprensa não foi tão desrespeitada, tendo vista que é uma legislação que visa proteger prioritariamente os poderes constituídos. O Código de Ética, que pretende preservar todos de uma forma mais democrática foi, então, um pouco mais atingido. Num primeiro momento, Lowell Bergman respeita o capítulo 1 do Código de ética, ao desejar informar a população sobre um fato relevante. Ele ainda se preocupa com a veracidade dos fatos, solicitando ao cientista a correta interpretação do dossiê, e, quando, por motivos econômicos e jurídicos, a emissora se recusa a divulgar a entrevista com o cientista, o jornalista leva as informações para outro jornal, devido a preocupação social requisitada no inciso III, do artigo 2 do Capítulo 1 do referido código.

Ainda analisando pelo Código de Ética, percebe-se que o Capítulo II, Artigo 5 foi desrespeitado, pois o jornalista não preservou sua fonte, aliás, até prometeu protegê-lo, mas não cabia a ele cumprir isso. O capítulo II artigo 6° inciso 6 determina que o jornalista não deve colocar as fontes em risco, mas foi exatamente isso que aconteceu no filme. Também não foi respeitada a intimidade e a privacidade do Informante, conforme determinado pelo inciso 8, do mesmo artigo. Ainda nesse artigo, o inciso 13 determina que Lowell Bergman deveria ter denunciado as práticas de assédio moral sofridas na emissora.Passando ao capítulo III, artigo 12, incisos 1 e 2, percebe-se que o jornalista deveria ter ouvido a indústria do cigarro também, para saber a versão deles, e deveria ter procurado mais provas das acusações que estão sendo feitas.

Como já foi citado, a Lei de Imprensa não foi tão desrespeitada, por ter sido elaborada com a preocupação principal de atender aos interesses do governo militar. Porém é previsto pelo Capítulo VI, artigos 49 e 50 que o jornalista, ao ter causado prejuízos à sua fonte, deveria indenizá-la. O jornalista ainda incentivou que o Informante desrespeitasse a lei e suas obrigações judiciais, ato proibido pelo artigo 19, do capítulo 3 da Lei de Imprensa.

Existiram momentos em que o jornalista age conforme a legislação brasileira, mas o dilema é eterno, principalmente em situações graves e complexas como a apresentada no filme.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Plano diretor orienta crescimento do CTAN

Para o Campus Tancredo Neves - CTAN - crescer de forma planejada e eficiente, a UFSJ segue um plano diretor, elaborado em 2007, cujas diretrizes orientam as expansões para os próximos 10 anos, com base nas necessidades da instituição, de seus servidores, professores e alunos. São previstos alojamento, restaurante universitário, área de convivência e vários prédios modulares para os cursos. No final desse processo, 8000 pessoas circularão diariamente no Campus, por isso a área construída passa de 36500 m² para cerca de 66000 m².

De acordo com o Planto Diretor, 900 vagas de estacionamento, inclusive para 18 ônibus, ficam disponíveis. O complexo do curso de educação física terá, até 2010, um ginásio, inclusive com estrutura para eventos, e duas quadras poliesportivas. Além disso, a arquibancada do campo de futebol ganha uma cobertura. Acontece, ainda neste ano, a inauguração da nova biblioteca de 2000 m2, com anfiteatro para 160 pessoas, o que libera o espaço da atual para a instalação de uma nova cantina. No ano que vem será construído o Restaurante Universitário com capacidade para 2500 refeições diárias. Próximo ao R.U., existirá o Centro de Convivência multifuncional, que abrigará o xerox, centros acadêmicos, livraria, praça de alimentação, área de shows, dentre outros. A partir de 2011, um alojamento, na área alta do campus, atenderá 200 alunos, sendo que o projeto estrutural possibilita uma expansão desse número.

O CTAN terá também um Anfiteatro para 500 pessoas cujo palco, arrojadamente, atenderá também a um teatro de arena para um público de 1500 pessoas. Ainda em 2009, fica pronto o prédio para os cursos de Zootecnia e Ciências da Computação. O dos cursos de Teatro, Jornalismo, Artes Aplicadas e Arquitetura, que já tem um dos seus três módulos prontos, estará concluído em agosto de 2010 e terá uma área total de (2400 m2). Para Artes Aplicadas, também será construído um Galpão Oficina de 500m2, e para Zootecnia, um Biotério de 700m2. Vale lembrar que foi inaugurado recentemente o prédio para o curso de música de 1500m2, com recursos acústicos adequados ao curso. Todas as construções são feitas de forma que mantém a climatização agradável, garante a acessibilidade para deficientes físicos e economiza água e energia elétrica.

Segundo o prefeito de Campus, Fábio Chaves, o P.D. toma cuidado com o meio ambiente, preservando a lagoa e as áreas de reserva. Ele disse ainda, que haverá a circulação de ônibus dentro do Campus e que em breve o DNIT irá construir um trevo na sua entrada, para garantir mais segurança aos usuários. Quanto à execução das construções, ressaltou que o Setor de Obras da UFSJ coordena, fiscaliza, acompanha e dá suporte às quatro construtoras responsáveis e a seus 230 operários que trabalham em tempo integral. Já a Pro-reitora de Planejamento, Neyla Lourdes Bello, informou, que em breve os outros Campi também terão um plano diretor, como o Santo Antônio, para se definir onde ficará o novo prédio para Engenharias, e o Dom Bosco, para melhorar o acesso ao DCNAT. Otimista, ela afirma que “a UFSJ passa por um momento único de crescimento e daqui a 10 anos, quando a expansão estiver consolidada, a universidade vai fluir muito bem”.

Mephisto

Mephisto é baseado em Doktor Faustus, de autoria de Klaus Mann, filho do consagrado escritor Thomas Mann. O romance retrata a vida real de Gustaf Gründgens, apresentado como Hendrik Hoefgen, ator alemão que fora casado com a própria irmã de Klaus Mann, e que permaneceu na Alemanha mesmo após a subida de Hitler ao poder, se tornando um símbolo cultural do regime nazista, principalmente pela sua representação de Mefistófeles na peça Fausto, de Goethe, uma das poucas que eram permitidas na época.

Hendrik Hoefgen é um ator ambicioso que deseja o sucesso, e para isso sacrifica tudo o que acredita: esquece-se de seus ideais bolcheviques, de sua mulata amante alemã e dos próprios escrúpulos para tornar-se o maior ator do regime nazista e, posteriormente, diretor do Teatro Nacional Alemão. Seu ego cresceu proporcionalmente ao tamanho de sua fama, o que acabou causando o seu trágico destino.

A peça Fausto possui duas vertentes dentro da narrativa. A mais óbvia é a que é representada dentro da própria trama, já que a peça serve como consagração definitiva de Hoefgen como ator, encarnando Mefistófeles, e que o permite conhecer o Primeiro Ministro alemão, que o proporcionará todos os seus almejos. A segunda vertente, a do filme como estrutura, subverte os papéis e coloca Hoefgen como o personagem Fausto, ambicioso e que trava um pacto com o diabo para ascender; papel este do diabo que cabe ao personagem do Primeiro Ministro (Rolf Hoppe, inspirado na figura real de Hermann Göring, um dos mais populares líderes nazistas).

A última frase proferida por Hoefgen no filme representa bem o seu personagem. “O que querem de mim? Eu sou só um ator” simboliza o dilema de toda a gama de artistas em regimes totalitários, que muitas vezes sacrificaram – e sacrificam – suas crenças políticas, religiosas e de outros âmbitos em nome da própria sobrevivência. No caso de Hoefgen, este teve culpa por sua trajetória, já que teve a chance do exílio. Morreu em nome da fama e do sucesso. Percebe-se claramente uma reflexão sobre até onde um artista consegue e deve ir com a arte sem se preocupar com questões sociais.

O filme ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1981.

Ficha Técnica:

Título no Brasil: Mephisto
Título Original: Mephisto
País de Origem: Alemanha / Hungria / Áustria
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 166 minutos
Ano de Lançamento: 1981
Estúdio/Distrib.: New Line
Direção: Istvan Szabo


O Custo da Coragem

O filme “O Custo da Coragem”, dirigido por Joel Schumacher e produzido em 2003, mostra a história da jornalista irlandesa Veronica Guerin (Cate Blanchett), que em 1996 foi assassinada, após dois anos de denúncias que ela fez no jornal “Sunday Independent” sobre os poderosos traficantes de heroína em seu país. O grande dilema apresentado na película e que está constantemente presente na vida de jornalistas é como fazer a diferença, melhorar a vida das pessoas, denunciar o que está errado sem, por outro lado, correr riscos de vida e, em casos menos graves, ser banido do mercado?

O cenário é a capital Irlandesa, Dublin, uma verdadeira zona de guerra, onde cerca de 15.000 jovens eram viciados em heroína, número que conferia um imenso poder às gangues e barões do tráfico. Com a vontade de mudar essa realidade e também de conseguir uma grande matéria para seu jornal, a jornalista decidiu ir aos guetos, becos e bares irlandeses, além das casas dos comandantes do tráfico, investigar o que estava por trás do problema. Tais atitudes são praticamente impensáveis à maioria dos jornalistas.

O filme apresenta uma Guerin ousada, corajosa e decidida, que se aproxima dos bandidos para conseguir as informações e, após algumas delas serem erradas, descobre John Gilligan, o chefe do tráfico. Em uma atitude arriscada, ela vai sozinha até a mansão do bandido, onde é espancada e ameaçada. Além disso, sofre ameaças, assim como sua família, e até um tiro na perna . Isso não a intimidou e a fez ir até as últimas consequências em suas investigações. Chama a atenção o fato de ela, pelo menos no filme, não negar em momento algum, durante suas entrevistas, que era jornalista e fazia uma matéria sobre as drogas.

Segundo o filme, o trabalho da jornalista e seu assassinato em 26 de junho de 1996, causou uma grande comoção nacional, o que fez o governo endurecer as leis anti-tráfico e prender 150 envolvidos, o que, por consequência, reduziu em 50% (segundo o site Wikipédia) os crimes no ano seguinte.

Aqui no Brasil, temos o exemplo de Tim Lopes, cuja história assemelha-se ao ser morto por traficantes cariocas. Em São João Del-Rei, o apresentador do “Jornal das Dez”, da Rádio São João, afirma já ter recebido ameaças de pessoas envolvidas com o mundo das drogas, após transmitir notícias sobre eles.

Veronica Guerin ousou e enfrentou de frente poderosos traficantes e, por esse trabalho de combate à droga heroína, acabou se tornando uma grande heroína para a Irlanda.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Loucos pela Arte

O grupo cultural ManiCômicos, que está em cena desde 1998, apresentou, na última quinta-feira (7), a peça "Rosa-Flôr", em seu próprio espaço cultural e conquistou aplausos do público. O espetáculo estreiou em 2007 e aborda um pouco do universo feminino, com base em pesquisas e leituras de Guimarães Rosa, Ruth Rocha e Clarisse Lispector.

Formado em São Paulo, o grupo teatral chegou a se apresentar para 300.000 paulistas de diversas comunidades. Em 2003, atraídos pelos festivais de Inverno mineiros, decidiram se mudar para o estado. A cidade escolhida foi São João del-Rei, o que estimulou os ManiCômicos a buscassem a "mineiridade para seus espetáculos". Nessa busca, "Rosa-Flôr" foi a primeira obra desenvolvida em Minas.

Segundo o ator e diretor da peça, Juliano Pereira, o grupo procura estabelecer um "diálogo com o mundo em que está vivendo" e está em "uma eterna busca pelo aperfeiçoamento técnico e estético, tentando não repetir fórmulas, mas descobrir a cada novo espetáculo, um caminho que leve mais fundo na compreensão do teatro e da relação que ele estabelece com a platéia."

Além de Pereira, a peça conta com os atores Jean, Orlando, Cíntia e Marilaine. O número reduzido de atores, por razões de economia, faz com que cada um interprete vários personagens em um mesmo espetáculo, no entanto, essa limitação do grupo tornou a peça ainda mais divertida.

Os ManiCômicos também realizam atividades educativas, culturais e pedagógicas que levam o teatro e a arte para comunidades e escolas. Um deles é o projeto "Arte por toda parte" que tem o objetivo de tornar a arte mais presente na vida das pessoas. Através desse projeto, são realizados espetáculos e oficinas teatrais em várias comunidades da cidade e região, cursos profissionalizantes de preparação para atores (com certificado do Sated), publicação trimestral da revista cultural do grupo e a realização de um festival anual no palco do teatro Municipal.


Os recursos para as atividades do grupo são obtidos através da venda de ingressos a preços populares e da lei de incentivo à cultura. Com eles , também é mantido o Espaço Cultural ManiCômicos, que além de ser o palco das apresentações do próprio grupo, está disponível à outras pessoas e grupos que promovem atividades culturais. O espaço é amplo e conta com boa infra-estrutura.

Também é desenvolvido o projeto "Dom de Minas" que se compromete a contar a história da cidade por onde passa e fazer o público perceber e conhecer um pouco mais da tradição e dos costumes da sua terra. Ele acontece em São João del-Rei, São Tiago, Lagoa Dourada, Resende Costa, Barroso, Coronel Xavier Chaves, Nazareno e Madre de Deus. Nessas cidades foram realizadas pesquisas culturais e levantamentos da história, origens, curiosidades, costumes e personagens típicos. Em seguida, realizou-se uma oficina com 25 jovens em cada cidade.

Os integrantes do grupo, que participam do Inverno cultural da UFSJ desde 2004, vivem da arte, adoram o que fazem, consideram o teatro um importante instrumento de promoção humana e convidam todos para prestigiarem suas apresentações e apoiarem seus projetos. O Espaço Cultural ManiCômicos fica na rua Industrial Paulo Agostini, 55, Matozinhos, São João del-Rei.

O Agricultor de idéias

Aos 15 anos um jovem mineiro descobre o poder das palavras. A oportunidade de participar de um projeto de rádio comunitária o fez perceber que ao entrar, no futuro, em um curso de jornalismo, escreveria um conhecido clichê. Isso, devido ao fato que a frase “a palavra tem mais poder que as armas” comprova-se verdadeira.
Porém, 7 anos de trabalhos jornalísticos amadores já demonstraram que nem todas sementes de desenvolverão. Esse fato jamais desanimou ou desanimará o futuro jornalista Bruno Ribeiro, pois para ele o importante é dar ao “terreno intelectual” de cada indivíduo, a oportunidade de ter uma boa semente para cuidar. Se pelo menos, nessa história, surgir um bom fruto, já valerão a pena os 4 anos de estudos e dedicação.
O erro principal desse texto, a excessiva repetição da palavra “semente”, demonstra que para a tal “semente” brotar, o estudante será capaz de abrir mão da perfeição pessoal em prol da principal peça na comunicação: a sociedade.
A percepção que o jornalismo é a arte de “plantar uma semente na mente das pessoas”, fez com que esta pessoa lutasse e conseguisse, aos 22 anos, entrar no curso de comunicação social. Essa luta deve-se a certeza de que é possível a “a semente na mente das pessoas” ser positiva e melhorar a vida dos membros da comunidade.