sexta-feira, 18 de maio de 2012

REPORTAGEM - JUDÔ EDUCACIONAL USA O ESPORTE PARA FORMAR CIDADÃOS (3`44``)

REPORTAGEM - JUDÔ EDUCACIONAL USA O ESPORTE PARA FORMAR CIDADÃOS (3`44``)

Outro texto escrito por mim e publicado no portal Tudo Rádio http://www.tudoradio.com/noticias.php?noticia=4034

Vertentes FM muda de frequência em Minas Gerais

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São João Del Rei – Emissora teve aumento de potência e cobre com mais qualidade sua região
Vertentes FM 98.1 de São João Del Rei, cidade histórica no interior de Minas Gerais, está na nova frequência desde ontem. Anteriormente, a emissora era sintonizada em FM 97.7, canal que ocupava há 15 anos.
A mudança de frequência se deu devido ao aumento em sua potência irradiada. A emissora passou a transmitir com 10kw, cobrindo com muito mais eficiência a região conhecida como Circuito dos Inconfidentes.
De acordo com as informações, em breve a emissora também deve se mudar para uma nova sede, no centro da cidade. A direção da emissora já está instalando novos equipamentos e um moderno estúdio. O prédio abriga também a rádio São João del-Rei AM 970 e o jornal Gazeta de São João del-Rei, empresas que pertencem ao mesmo grupo.

Meu texto publicado no portal Tudo Rádio http://www.tudoradio.com/noticias.php?noticia=4391

Emissoras de São João del Rei estreiam nova sede

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As rádios Vertentes FM 98.1 e São João Del Rei AM 970, de São João Del Rei, cidade histórica no interior de Minas Gerais, estão em novo endereço. Elas passam a operar em novos estúdios no centro da cidade, montados com tecnologia de última geração que possibilitam mais qualidade nos programas e novos conteúdos no ar.
Junto às rádios, também está a redação do jornal semanal Gazeta de São JoãoDel Rei, outra empresa do grupo. A mudança foi gradual, sendo que a Vertentes e o impresso transferiram suas operações na sexta-feira, dia 24, e a emissora AM passou a ocupar os novos estúdios na quarta-feira seguinte, dia 29.
Na nova sede, os profissionais têm mais conforto no trabalho e as emissoras ficam mais próximas dos clientes e ouvintes. Antes da mudança, a Vertentes tinha seus estúdios instalados no Morro do Cristo, junto ao seu transmissor, em um bairro distante do centro comercial. A São João Del Rei AM e o jornal já estavam no centro, porém em prédio alugado. A união das empresas fisicamente também facilita a administração.
Segundo a diretora das empresas, Juliane Menezes Machado, o novo prédio de quatro andares é, na verdade, um casarão em estilo colonial que foi completamente restaurado e reformado. A escolha se deve ao desejo de que a sede das emissoras tenha a cara da cidade histórica mineira. "Além das melhorias para as rádios, a empresa preserva o patrimônio histórico local", afirma.
Os próximos projetos são investir em novidades na programação e na plástica das rádios e adquirir uma unidade móvel para externas. Em julho, o Tudo Rádio.com noticiou que a Vertentes FM dobrou sua potência para 10 quilowatts e deixou sua antiga frequência, (FM 97.7), migrando para os atuais 98.1 FM . A rádio São João Del Rei 970 AM é uma das mais antigas de Minas, no ar há 63 anos. Atualmente, ela faz parte da Rede Itatiaia.
O novo endereço dos veículos de mídia é Rua Resende Costa, 144, centro, área conhecida como Largo da Cruz. No entanto, a entrada de atendimento ao ouvinte da radio AM fica na rua ao lado, a Rua Santa Tereza, 97. Mais informações sobre as rádios e sobre o jornal estão nos sites www.vertentes.fm.br,www.radiosaojoaodelrei.am.br e www.gazetadesaojoaodelrei.com.br.
Novidades no dial
São João Del Rei tem mais novidades previstas para seu mercado radiofônico. A Fundação Cultural Campos de Minas, controladora da TV Campos de Minas, afiliada à Rede Minas, teve liberado um canal de FM educativo, na frequência 95.3 FM, com potência prevista de três quilos. A Universidade Federal de São João Del Rei já trabalha na implantação de sua FM educativa, em 99.3. Também está liberada a frequência 104.3 FM para a Fundação Cultural Serra de São José, da cidade de Tiradentes, que fica a cerca de sete quilômetros de São João Del Rei. Ainda não há previsão para a estréia das emissoras.


Todos que querem ser presidente

Tiro no pé é como pode-se classificar a tentativa do PSDB de utilizar o caso da quebra do sigilo  fiscal de Verônica Serra, filha do candidato à presidência José Serra. Além de não gerar impacto eleitoral, aumentou a rejeição a José Serra e trouxe à tona as denúncias de que o escândalo foi provocado por pessoas ligadas ao seu colega de partido, o ex-governador mineiro, Aécio Neves.
A causa do fracasso do uso eleitoral do escândalo se deve a diversos fatores. O primeiro é que a população em massa sequer sabe o que é Declaração de Imposto de Renda. Segundo o Data Folha, apenas 57% dos eleitores tomaram conhecimento das denuncias. Desses, apenas 12% se consideram bem informados sobre o caso.
Os eleitores que podem ser afetados pelo escândalo são, pois, bem informados. Geralmente, eles procuram mais fontes sobre casos desse tipo e, por isso, descobriram que Serra já sabe da quebra de sigilo desde o ano passado. Ele teria guardado a denúncia esse tempo todo, para usar eleitoralmente. Isso fez a candidatura Tucana perder credibilidade, justamente perante quem se informou mais sobre o caso da Receita.
Para piorar a situação de Serra, surgiram as suspeitas de que a invasão das declarações da Receita teria sido encomendada pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior, então no jornal Estado de Minas. O jornal apóia Aécio Neves que, à época da quebra dos sigilos, estava disputando com Serra a vaga de candidato à presidência pelo PSDB. Ou seja, Dilma não teria culpa alguma, e sim um jornal ligado ao PSDB.
Também deve-se atentar ao fato de que não foi violado apenas o sigilo fiscal de Verônica Serra. Foram dezenas de declarações invadidas, inclusive da apresentadora da TV Globo, Ana Maria Braga. O resultado eleitoral é que a rejeição de Serra passou de cerca de 30% para 40% após o PSDB fazer tanto alvoroço com o caso. Outro dado relevante é que o invasor das declarações é um contador com amplo histórico de falcatruas Ele, inclusive, se diz eleitor de Serra. Ou seja, foi tiro no pé mesmo!

O escândalo das invasões da receita é muito grave sim, mas o uso eleitoral por Serra para atacar Dilma foi, se não um erro, um desespero. Além de não haver apelo eleitoral, inexistiam indícios de culpa da candidata Dilma. Para piorar a situação de Serra, a imprensa que, tradicionalmente, apóia o PSDB estava dividida. Folha de São Paulo e Veja condenam enfaticamente o PT, enquanto a Globo, a mais importante, teve, inteligentemente, mais cautela na cobertura.
Ficou evidente, também, a “apelação” com o caso, que lembrou o escândalo dos Aloprados, na eleição presidencial de 2006 (em que petistas teriam comprado um dossiê contra Tucanos). Na ocasião, usaram o caso e conseguiram levar o pleito para o segundo turno. Contudo, foi provado que Lula não teve envolvimento no caso e ele venceu a eleição.
Portanto, do escândalo da receita Dilma se saiu praticamente ilesa. Porém, o que abalou, de fato, a campanha de Dilma Rousseff à presidência foi o escândalo envolvendo a ex-ministra chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. O interessante é observar que as pesquisas apontam que o caso não beneficiou em praticamente nada José Serra. Quem ganhou alguns milhares de votos após o escândalo foi a presidenciável pelo Partido Verde, Marina Silva.
O crescimento da candidatura de Marina Silva indica aos brigões Dilma e Serra que plantar escândalos na mídia não tem rendido votos. A solução mais plausível para José Serra virar o jogo e para Dilma segurar seus altos índices é apresentar propostas. Todos sabem o Lula que tem e, possivelmente, só propostas com elementos realmente novos ganharão votos. Projetos de governo. Isso sim pode dar votos. Quebra de sigilo fiscal de filha do Serra? Ah, isso não me afeta em nada...


Bruno Ribeiro

                                                                              Thayná Faria, Bruno Ribeiro e Gabriel Riceputi
Tatuagens, piercings, alargadores e escarificações são práticas de modificações corporais conhecidas também como body art. Cada vez mais comuns, principalmente entre o público jovem, estas alterações no corpo são justificadas pelos que a praticam como uma forma de expressão artística. Para especialistas, como psicólogos, a body art relaciona-se mais com a busca pela afirmação da identidade e, principalmente, pela inserção em grupos sociais. São entendidos como códigos de pertencimento a determinados grupos ou tribos urbanas.
A modificação corporal (body modification, em inglês) é, para os seus praticamente e admiradores, vista como uma expressão artística, por isso a denominam Body art. Francine Oliveira (23) é perfuradora corporal (ou body piercer) e possui vários tipos de modificação como tatuagens, piercings, alargadores e escarificações. Ela conta que body art é todo tipo de expressão artística feita no corpo ou com ele, como maquiagem artística, performances de qualquer tipo (que podem envolver agulhas e suspensão corporal), e pintura corporal.

A escarificação também pode ser bela 
A modificação corporal em si pode designar outro estágio dentro das práticas que envolvem a transformação do corpo: “Modificação corporal, body modification ou body mod envolve uma alteração do corpo mesmo, a ‘longo’ prazo, mas não necessariamente permanente”, diz Francine. O tatuador e body piercer Cleiton Soares, o “Juh” (28), que está no ramo há sete anos, tem visão similar a dela. Segundo ele, a body art engloba todos os tipos de modificação corporal, mas o termo ‘modificação corporal’ refere-se principalmente a “procedimentos que fogem um pouco dos padrões e que geralmente são irreversíveis”.
O ato de transformar ou modificar o corpo geralmente é visto como uma busca por identidade pessoal exclusiva ou forma de sentir-se parte de algum grupo específico. Para Francine, a estética também é um fator considerável. Segundo ela, em relação à body art, 99% dos interessados que a procuram fazem as intervenções por questões estéticas. A popularização das cirurgias plásticas, um avanço auxiliado pela tecnologia e medicina moderna, também comprova essa onda de busca pela perfeição estética, ou padronização, que levam a modificação do próprio ser. O body art ou modificação corporal apenas pode seguir por outra vertente, a de fugir dos padrões de beleza impostos pela sociedade, não deixando, entretanto, de ser bela.


Psicanalista aponta caráter masoquista das práticas de body art
No âmbito da psicologia, a prática da modificação corporal está intimamente ligada a questões de relações sociais. “A noção de beleza está muito associada à noção do fetiche”, diz Hugo Silva Valente, psicólogo com formação na área da psicanálise. Segundo Hugo, toda modificação é uma tentativa de formar um símbolo representante, seja de status, beleza ou verdade. Tal como um rito de passagem, a prática da modificação estética seria uma forma de estabelecer laços sociais e se integrar a um grupo.
Outro fator seria infringir dor ao corpo como forma de obter satisfação. “A psicologia, após 1905 com os trabalhos de Freud, reconhece vários modelos de satisfação que vão contrários à idéia de prazer consciente”, diz Hugo, que esclarece que os dois fatores, fetiche cultural e masoquismo, devem ser vistos como motivações isoladas. “O sujeito pode formar seu símbolo sem necessariamente sentir dor. Um brinco ou um piercing cumprirá a função reservada ao fetiche, mas dificilmente iria satisfazer o sujeito em busca da satisfação pela dor”, explica.
O psicanalista ainda pontua um item importante sobre o masoquismo nessas práticas. “É necessário diferenciar o masoquismo ligado às modificações da prática do body-art, onde a dor cumpre função juntamente com fatores como a integração social, da prática de automutilação, como em casos onde crianças ou adolescentes que, sofrendo de angústia profunda, buscam na dor do corpo um alívio do sofrimento da alma”, esclarece.
Mas o corpo não é o primeiro a passar pelas modificações em função do estabelecimento de laços sociais. Como Hugo destaca, o psiquismo é o primeiro a se adaptar aos símbolos do grupo, modificando o modo de pensar e de se comportar do sujeito. Um indivíduo inserido em uma sociedade estará dependente dos fatores que aquele grupo estabelecer, seja a utilização de gírias ou seguir a moda de vestimenta do momento. “É o que a psicologia chama de processo de identificação”, diz Hugo. “Essa prática fetichista nada mais é do que uma negação do homem à sua própria natureza, sua natureza biológica, em função do símbolo, da adaptação social”, completa.
Toda modificação corporal teria um propósito rumo a uma idealização de imagem, que vai enquadrar o indivíduo dentro da sociedade. No caso das modificações corporais, esse status não estaria ligado à coletividade em geral, mas a subgrupos específicos dentro dela. A moda, por sua vez, quando produz ideais de beleza, também produz a necessidade de modificações corporais, essas as quais já estamos acostumados, como a idéia de ser magra para ser bonita e afins, que influenciam a coletividade. “A exclusão de determinado movimento, ou comportamento, é impulsionada por um movimento correlato, ou seja, para negar um fetiche é necessário que outro fetiche anterior esteja bem fundamentado”, diz Hugo, ilustrando o porquê de práticas de body art serem marginalizadas enquanto outras intervenções estéticas são legitimadas. Tudo faria parte de uma relação de poder entre um fetiche, um modo de pensar, sobre o outro. “Se o fetiche é montado em cima de um objeto aleatório, querer julgar essas formas ‘alternativas’ é absurdo, é querer matar a identidade do outro. Temos medo do diferente, justamente pelo diferente ofender nossos próprios fetiches”, afirma o profissional.


Cuidados
O cirurgião plástico César Tayer diz que o procedimento padrão para quem quer fazer algum tipo de modificação corporal é ficar atento na hora de escolher o estúdio. Esse tipo de cuidado evita complicações posteriores, como o surgimento de quelóides, formação de cicatrizes indesejadas e até contração de doenças mais graves como HIV e Hepatite.

Evite problemas, procure um profissional para fazer sua modificação
Ele afirma que principalmente perfurações intra-orais proporcionam um sério risco de complicações graves como excesso de salivação, alterações na fala e até infecções que, nessa parte do corpo, podem chegar à corrente sanguínea, se espalhar e até levar a morte. O cirurgião considera que cabe ao profissional tomar os cuidados específicos referentes à assepsia do material utilizado, mas que depende do cliente a manutenção e limpeza das jóias, pois a atenção deve ser constante.
Uma realidade perigosa comentada é que muitas pessoas colocam piercings por conta própria, o que eleva consideravelmente o risco de infecção. Esse fenômeno acontece principalmente em modificações mais comuns, que aparentemente não demandam tantos cuidados. Os alargadores de orelha são apontados como uma dessas práticas. Em vez de procurar um profissional, o individuo coloca nas orelhas objetos que podem estar contaminados, sem tomar as precauções adequadas.
Nesse caso também é necessário que o lóbulo não seja alargado de uma só vez e que as expansões não sejam grandes demais, pois há o risco de se rasgar a orelha, ou provocar uma vaso-contrição: isso interrompe a circulação de sangue em uma parte do tecido, levando a esquemia e até a necrose da região. A pessoa pode, inclusive, perder parte do lóbulo e destruir a cartilagem auricular.
O cirurgião alerta que o profissional desta área deve ser capacitado, descartar agulhas e esterilizar os materiais em uma autoclave, máquina própria para realizar a assepsia dos objetos de forma rápida e eficaz. Esse processo é o único permitido por lei, segundo Tayer. Nele esterilizam-se os instrumentos em vapor de alta temperatura e pressão. Ainda de acordo com o cirurgião, “uma modificação corporal envolve os mesmos riscos de qualquer intervenção cirúrgica e, portanto, exige os mesmos cuidados que demanda um procedimento dessa espécie”. Tayer afirma que muitos tatuadores e body piercers sequer conhecem as leis que determinam os cuidados com a esterilização do material.
A body piercer Francine conta que o problema em alguns locais não é totalmente relacionado à esterilização dos objetos, mas sim a falta de cuidado por parte de alguns profissionais, que não têm cuidados de higienização. A falha mais comum é a retirada das luvas antes de terminar totalmente o procedimento, quando, por exemplo, o cliente já se foi, mas ainda restam agulhas para serem jogadas fora. Essa falta de atenção coloca em risco a saúde do próprio profissional, que entra em contato direto com material cortante utilizado no processo. A forma de descartar o que já foi utilizado é a mesma do lixo hospitalar.


Arrependimento
É comum que alguns adeptos da body modification se arrependam de artes em suas peles e desejem retirá-las. Voltar atrás pode ser mais fácil no que diz respeito a perfurações. Segundo Juh, depende do tamanho da jóia, o seu peso e do tempo em que ela se encontra na pele.

Reconstituição do lóbulo
Para Tayer, a pele consegue voltar um pouco ao normal, devido à sua elasticidade natural. Contudo, casos em que o furo é muito grande, situação dos alargadores, por exemplo, apenas a cirurgia plástica consegue retornar a pele ao seu estado anterior.
Com as tatuagens, se arrepender é mais doloroso. Dói bastante para remover, além de ser caro. É o que afirmam em consenso César Tayer e Juh. O cirurgião explica que a remoção de tatuagens é um trabalho para os dermatólogos, mas informa que a remoção a laser funciona razoavelmente bem somente em alguns tipos de tatuagem. As muito coloridas, por exemplo, são mais difíceis de apagar, sendo que o raio laser não consegue remover totalmente tons em vermelho e laranja, diz Juh. Além disso, corre-se o risco de permanecerem marcas na pele. Cada sessão a laser pode custar entre 500 e 800 reais, sendo que algumas tatuagens necessitam de até 10 sessões. A conta total poderia, então, chegar a oito mil reais.


Rituais que marcaram o processo civilizatório do homem
A prática da modificação corporal está longe de ser um fenômeno atual na sociedade. Presente há muito tempo em ritos de passagem de tribos africanas, brasileiras, indianas, e, identificadas também nas culturas egípcias e judaicas, o ato de transformar o próprio corpo pode ser motivado por causas meramente estéticas ou como parte de cerimoniais dentro de determinada cultura.
A modificação corporal que, geralmente, é vista com espanto por parte da sociedade, como, por exemplo, ao contemplarem uma “escarificação”, não e uma prática nova na sociedade. Mulheres e homens de algumas tribos africanas cortam a pele com o intuito de ostentar belas cicatrizes, celebrar o fim de uma determinada etapa da vida e o início de outra ou simplesmente evidenciar pertencimento e até graduação social dentro do grupo.
Absorvida pela cultura ocidental, tem diversas faces e não apenas estas que são vistas como mais radicais. A circuncisão utilizada pelos judeus e implantes de silicone na mama também podem ser tomados como exemplos mais comuns. A tatuagem talvez entre nesse grupo de modificações mais bem vistas pela sociedade, pois tem tornado-se cada vez mais popular.


Alguns tipos de modificação corporal e body art
Escarificação: é um processo permanente, concebido para decorar o corpo, e é considerada valiosa artisticamente por algumas tribos na África Ocidental. É a prática da incisão na pele com um instrumento afiado. Existem diferentes tipos de escarificação, sendo diferenciadas pelo material utilizado e técnicas. Quanto a este material, geralmente é composto por lâminas para cortar ou remover tecidos.

Branding: queimaduras feitas por aço ou laser, cauterização por ferramentas como ferro de solda etc.

Microdermal: o microdermal é uma micro placa que fica sob a pele com uma saída única, em que podem ser rosqueadas peças, que, por sua vez, podem variar desde implantes simples a brilhantes, dando o efeito visual de jóias.

Subdermal: tipo o chifre implantado. PTFE tipo teflon – único debaixo da pele.

Transdermal: surgiu antes do microdermal, possui uma saída feita com incisão cirúrgica além do furo.
Suspensão corporal: é o ato de suspender um corpo humano por meio de ganchos passados por perfurações na pele. Estas perfurações são temporárias e normalmente abertas pouco antes da suspensão ocorrer. Os ganchos de suspensão são feitos especialmente para a prática, e o material utilizado na confecção do mesmo é o aço cirúrgico. São colocados como piercings tradicionais, com agulhas e depois conectados aos ganchos. A localização exata desses ganchos no corpo determina o tipo de suspensão que está sendo executada, e o número de itens instalados geralmente depende do peso da pessoa e seu nível de experiência.

Pulling: feito da mesma forma que a suspensão corporal. Entretanto, não se suspende o corpo, apenas se tenciona a área na qual o gancho se encontra. Pode ser encarada como uma preparação para a suspensão. Os ganchos são menores e encaixados em partes como os antebraços e joelhos.


Juh fazendo uma tatuagem (esquerda) e escarificação da Francine (direita)

Tatuagem: trata-se de um desenho permanente feito na pele. É tecnicamente uma aplicação subcutânea de tinta obtida através de introdução de pigmentos por agulhas, um procedimento que durante muitos séculos foi irreversível. É uma das formas de modificação corporal mais conhecida e cultuada no mundo.

Piercing: perfuração da pele para aplicação de uma jóia.

Alargadores: são peças que mantêm o tecido expandido. A idéia é expandir qualquer tecido para colocação de uma peça maior.


Aumento de cargos comissionados gera polêmica


Bruno Ribeiro e Marcelo Alves

Os vereadores votaram e aprovaram, em reunião no dia 13 de agosto, Projeto de Lei nº. 5.693, enviado pelo prefeito Municipal, Nivaldo Andrade (PMDB), que aumenta o número de funcionários comissionados no Damae e na Prefeitura de São João del-Rei. A lei vai contra o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado entre o executivo municipal e o Ministério Público Estadual. O limite de comissionados sobe de 10% para 13%, no caso da Prefeitura, e de 12% para 15%, no caso do Damae.
Nivaldo sancionou o dispositivo legal, mesmo diante do risco de sofrer um processo por improbidade administrativa. Além de desrespeitar o TAC, o projeto aumenta os gastos da administração municipal em um momento de queda na arrecadação, tendo em vista que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e os alvarás comerciais renderam bem menos que o esperado pela Prefeitura. A queda na receita de arrecadação em 2010 ficou em torno de 20%.
Em função da polêmica gerada pelo projeto e das reações contrárias do Ministério Público e do Sindicato dos Servidores Municipais, o prefeito Nivaldo voltou atrás. A secretária de Administração, Maria Sônia de Castro, informou que Nivaldo não irá nomear os novos funcionários. “Eu acho que ele não vai nomear essas pessoas. Acho que ele pensou bem e não vai nomear não. É para conter despesas”, explicou a secretária.

Votação na Câmara
A Constituição Federal determina que apenas os cargos comissionados destinam-se à “direção, chefia e assessoramento. Mesmo que, posteriormente, o prefeito tenha desistido da nomeação, ficou evidente o apoio recebido da maior parte dos vereadores – oito votos favoráveis e apenas dois contrários.
Desinformada da determinação legal, a vereadora Rosina do Pilar Nascimento (DEM), a Rosinha do Mototáxi, defendeu o projeto acreditando que os novos servidores iriam “cuidar das praças da cidade”. O vereador Gilberto Luiz dos Santos (PT), o Gilberto Lixeiro, também votou a favor, por acreditar que os funcionários seriam destinados à limpeza urbana. O petista não viu problema nenhum, pois “são cargos de R$ 550 reais”. No entanto, o salário dos comissionados gira, na verdade, em torno de R$ 1.500,00.
O vereador João Geraldo de Andrade (PMDB), o João da Marcação, defendeu o projeto alegando que “O TAC assinado exonerou alguns comissionados. Eles estão fazendo falta para a administração municipal”. Apenas as vereadoras Silvia Fernanda de Almeida (PMDB) e Vera Lúcia Gomes de Almeida (PT), a Vera do Polivalente, votaram contra a lei.

            Damae
            O Damae tem 184 funcionários, sendo 26 comissionados. Contudo, pelo limite do TAC, o máximo de comissionados na empresa seriam 22 profissionais. Com a promulgação da lei, o limite passa para 27 funcionários, o que regulariza uma situação atual e permitiria a contratação de apenas mais um.
Apesar disso, o diretor do Damae, Jorge Hannas Salim, pretende contratar mais quatro pessoas, para atuarem no atendimento e fiscalização, mesmo tendo dito que o principal setor com deficiência de pessoal é o operacional.
Como a Constituição permite que apenas cargos de chefia sejam comissionados, Hannas afirma que seriam criados os cargos de “chefe de atendimento” e “chefe de fiscalização”.
O diretor da autarquia afirmou também que o projeto foi elaborado em consenso entre o Damae e a Prefeitura. Ele confirma que conhecia o TAC que limita o número de comissionados, mas alega que havia sido informado de que “o projeto aprovado pela Câmara de Vereadores se sobrepõe ao TAC”.
É importante ressaltar que o Damae está em precárias condições financeiras e não tem verba suficiente para implementar mudanças e reformas exigidas pelas novas Diretrizes Federais de Saneamento Básico. Discute-se, inclusive, o fechamento do Damae e a contratação de outra empresa de saneamento na cidade.

Reações
A promotora de Justiça, Adriana Vital do Vale, informou que a Lei nº. 5.693 modifica a cláusula de um documento judicialmente perfeito, assinado entre o Executivo Municipal e o Ministério Público. “O número de comissionados tem um limite. Já avisamos o prefeito de que os valores do TAC devem ser respeitados. Caso contrário, caracteriza improbidade administrativa e podemos ajuizar o caso”, afirmou a promotora.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (SindServ), Mauro Pedro Alves, acompanhou a tramitação e se posicionou contra o dispositivo legal. “Quando nossa classe negocia salário, a Prefeitura Municipal nunca tem dinheiro. Agora, eles criam mais cargos e aumentam a folha de pagamento, ainda mais comissionados. Os vereadores nem sabem defender o projeto. O Gilberto Lixeiro disse que os profissionais iriam trabalhar nas praças e limpando as ruas. Isso está errado. Os comissionados ficam dentro da Prefeitura, infelizmente, sem fazer nada”, comentou o sindicalista.

Universidade Federal de São João del-Rei
Curso de Comunicação Social – Jornalismo
Disciplina: Jornalismo Online
Professor: João Barreto                                                               
Aluno: Alisson Reis e Bruno Ribeiro – 4º período – 23/11/10
Atividade: Questão de prova

Por que vivemos em uma cultura de interface?

            Para obtenção de uma das possíveis respostas para esta pergunta, torna-se relevante refletir, primeiramente, o que seria e quais são as características de uma cultura de interface. Se cultura é toda a expressão do saber, agir e interagir de um povo numa determinada região geográfica e interface seria tudo aquilo que se encontra no meio de um canal de comunicação entre duas faces, logo, cultura de interface pode ser compreendida como toda realidade de relacionamento/interação que se desenvolve a partir de um meio técnico-midiático, que em nosso caso, trata-se do computador.
            Sabe-se que é crescente no século XXI a necessidade de se comunicar cada vez mais e melhor através da grande rede. Este próprio trabalho já é um grande exemplo para explicar a cultura de interface. Para que tal atividade avaliativa fosse devidamente produzida para esta disciplina, tivemos de buscar, comunicar e nos relacionar com artigos, textos e autores, inclusive online, a fim de sanar dúvidas, estimular o pensamento e construir um conhecimento, o qual está sendo transmitido por nós para este documento, graças à função de interface conferida ao meu computador.
            Vale ressaltar que o desejo de se comunicar com outra pessoa, realidade, local ou ambiente o quanto antes e da melhor maneira possível sempre existiu na humanidade, desde as grandes navegações, a partir do século XV, até os dias atuais. O que muda são as ferramentas de interface: cartas, telégrafos, telefone, rádio, TV, celulares e computador/internet.
            Quando o conceito de interface começou a aparecer ele era entendido como o hardware e o software através dos quais um Humano e um computador podiam se comunicar. Hoje o conceito de interface inclui também aspectos relativos ao processamento perceptual, motor, viso-motor e cognitivo do usuário, é o que explica a pesquisadora do Instituto de Computação da Unicamp, Maria Cecília Baranauskas (1999).
            Hoje, somos afetados por um movimento geral de virtualização, que atinge não somente a informação e a comunicação com suas interfaces, mas também os corpos, o funcionamento econômico, os quadros coletivos da sensibilidade ou o exercício da inteligência, é o que afirma Pierre Levy (1996), na obra “O que é o virtual”.  Nesta corrente crescente de virtualização das relações humanas, a interface tecnológica ganha cada vez mais espaço, importância e utilidade no contexto cultural de nossas vidas. Os celulares são uma grande prova, visto que, com o passar do tempo, eles têm se configurado como interfaces cada vez mais multifuncionais, otimizando a comunicação com nosso destinatário.
            No Jornalismo Online do terceiro milênio esse avanço é consideravelmente positivo, já que a interatividade e velocidade da comunicação transmitida, com auxílio das novas interfaces, têm grande valor, visto serem elas o meio pelo qual toda a carga de informação chega, tanto para o receptor, quanto para o emissor. A influência das tecnologias de comunicação sobre a cultura e a prática jornalística é tão consistente, que surgem pela grande rede, outros estilos do próprio fazer profissional do meio.
É o caso dos “Blogs como uma nova categoria do Webjornalismo”, que foi assunto e título de um artigo científico da pesquisadora Juliana Lúcia Escobar. Como reflexo das novas relações com as interfaces cibernéticas da atualidade, dentro do campo jornalístico, podemos citar o blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, uma referência quando o objetivo é observar e participar de um novo fórum de discussões políticas no Brasil. Novas relações, novas saberes, novas atitudes, nova cultura, essas deverão ser as vertentes que continuarão permeando nossa cultura que se consolida cada vez mais via interfaces tecnológicas.
                          

Universidade Federal de São João del-Rei
Curso de Comunicação Social – 2º período 2009
Disciplina: Técnicas Jornalísticas
Professora: Jairo Faria Mendes
Aluno: Bruno Ribeiro Caputo
Atividade: Perfil de Tom Zé
Que Tom é esse?
Os sete tons musicais, dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó, podem ser resumidos em apenas um: o Tom Zé. Músico inovador, perfeccionista e criativo, Tom Zé conquistou palcos da Europa e Estados Unidos, sem nunca se esquecer de sua origem, a pequena Irará, na Bahia. Ousado, ele arrisca falar e cantar na língua do país por onde se apresenta, para sempre interagir com o público.
Também ousou ao cantar os versos “Explicar para confundir, iluminar para cegar”, em plena Cidade Luz. Em um mundo musical, em que a maioria dos artistas usa o velho esquema bateria, baixo, guitarra, violão e teclados, Tom inovou, usando até enceradeiras, martelos e moto-esmeril como instrumentos.

“Não se pode fazer igual ao melhor, pois esse ‘melhor’ já está pronto. É preciso fazer melhor que o melhor sempre”

Aos 73 anos, ele participou da Tropicália, ao lado de Veloso e Gil, venceu festivais nos anos 60, caiu no esquecimento nos anos 70, mas foi descoberto e lançado no exterior por um produtor britânico, o que fez com que o artista fosse finalmente reconhecido no Brasil.
Sua música é inclassificável, não podendo ser totalmente enquadrada em nenhuma divisão existente. Cada um de seus shows é uma caixinha de surpresas, repleta de improvisos. Seu talento e originalidade fazem com que cada apresentação seja única e inesquecível.
Mesmo se considerando um péssimo cantor, compositor e instrumentista convencional, Tom Zé é perfeccionista e exigente. Ele acredita que “não se pode fazer igual ao melhor, pois esse ‘melhor’ já está pronto. É preciso fazer melhor que o melhor, sempre”. Tom acha um tom em tudo, por isso compõe o tempo todo.
Tanta criatividade está registrada em seus 21 discos. Destacam-se Estudando o Samba, de 1976; Com Defeito de Fabricação, que em 1998 foi eleito, pelo The New York Times, um dos dez melhores álbuns do ano; e o recente Estudando a Bossa, de 2008. Tom Zé está sempre acompanhado de sua esposa Neusa. Ela “está atrás dos bastidores e à frente de tudo”.
O ilustre cidadão Iraraense, Antônio José Santana Martins, o Tom Zé, é um homem sensível e apaixonado pelo seu trabalho. Ama o Brasil imensamente, mesmo só tendo reconhecimento em seu país, depois de ser aplaudido na Itália, Suíça, França, Inglaterra... Ele provou aos conterrâneos que seus “ruídos loucos” e sua sonoridade surreal eram música de verdade e da melhor qualidade.  Tom Zé, com sua música rica e diferente, resumiu os sete tons musicais criados há uns mil anos em Apenas um: o Tom Zé.

O senhor do tempo
O poder de dominar o tempo é um antigo sonho do ser humano. Em São João del-Rei um homem tem esse “poder” nas mãos. Marcos Mendes (59), auxiliar de escritório, é quem faz os ajustes no relógio holandês da bicentenária Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, no centro da cidade.
Marcos diz que começou a freqüentar a igreja em 1961, ainda com nove anos. Na época, só aprendeu a repicar os sinos. Em 1972, deixou de tocá-los, segundo ele, “por estar velho para a função. Resolvi deixar para os meninos, já tinha 20 anos de idade”, diz. Mas ele ainda sabe de cor todos os toques e, ainda hoje, volta a tocar os sinos em alguma emergência, por exemplo, quando faltam sineiros.
O convite para ser o zelador do relógio só veio em 1998, a pedido do então pároco da Catedral do Pilar, Monsenhor Paiva. Foi prontamente aceito. “Antes eram algumas crianças que acertavam o relógio, então me pediram para assumir essa responsabilidade”, completou Marcos.
Todos os dias entre 9h30 e 11h, Mendes vai até a igreja para dar corda no relógio. Para ele é um privilégio ter essa responsabilidade: “Moro perto da matriz, para mim não é nenhum sacrifício ir até lá e dar corda. Muitas pessoas se orientam por ele”, explica.
É o caso do Turismólogo João Paulo Vilella, 30. Ele conta que o hábito começou quando ainda era criança. “Lembro quando ganhei meu primeiro Orient, a primeira coisa que fiz, foi correr até lá para acertar as horas”.
Já a auxiliar administrativa Alessandra Oliveira, 37, diz que seus filhos só começam a se arrumar para a escola quando ouvem as 12 badaladas do meio-dia. “É muito engraçado, eu nem preciso falar com eles, é automático: quando eles ouvem os sinos tocarem o meio-dia, já vão para o quarto e vestem o uniforme”.
Hora Certa
Marcos Mendes conta que, das igrejas mais antigas, a Matriz é a única que tem um relógio em funcionamento. “Se não ouço o sino tocar na hora certa, vou rapidinho até lá para saber o que está acontecendo. Tem gente que até liga para minha casa avisando que o relógio parou”. O zelador diz que a manutenção é feita por outras pessoas e as peças de reposição são confeccionadas, às vezes, na própria cidade.
Assim como os outros sinos da cidade, os do relógio também falam. Após os primeiros 15 minutos da hora, o sino com som mais agudo, dá uma batida. Na metade da hora, o mesmo sino bate o número de vezes correspondente à hora seguinte. Por exemplo, às 6h30 ele bate sete vezes; às 19h30, bate oito vezes. Já no último quarto de hora é a vez do sino com som grave bater uma vez, e na hora exata o mesmo sino bate o número de vezes da hora correspondente.

Bruno Ribeiro e Marcelo Alvarenga

Número de vereadores em São João del-Rei pode subir 70%

A emenda constitucional, que define o aumento de vereadores no Brasil, já vale para as eleições municipais do próximo ano. Em São João del-Rei, o número de legisladores pode subir de dez para 17. A palavra final, no entanto, cabe aos próprios vereadores. O assunto deve ser regulamentado pela Lei Orgânica do Município.

A vereadora Sílvia Fernanda (PMDB) é favorável ao aumento, por considerar que “fica muito fácil para quem tem interesse, manipular apenas cinco”. Ela argumenta que quanto mais vereadores, mais difícil manipular os votos.

A vereadora Vera Almeida (PT) discorda do possível aumento. “Dez vereadores é mais do que suficiente para trabalhar, legislar e fiscalizar”, argumenta.

O presidente da Câmara Municipal, Mauro Duarte (PSDB), é da mesma opinião. Embora reconheça que 17 vereadores aumentariam a representatividade popular, ele pondera que os gastos do legislativo seriam maiores.

A preocupação de Mauro se deve ao fato de que a emenda também trata das verbas para as câmaras. Antes da medida, os repasses variavam entre 5% e 8% da arrecadação municipal. Agora, estão limitados entre 3,5 e 7 %.

A mudança no repasse teria sido incentivada porque várias câmaras devolvem sobras de verbas para os cofres municipais, como já aconteceu em São João del-Rei, em 2010, quando retornaram para o caixa da prefeitura cerca de 430 mil reais. Segundo o presidente da Câmara, com o aumento do número de vereadores seria impossível essa devolução.

A medida também divide a opinião dos eleitores. Alguns são a favor da medida. Outros, contudo, são contra, por julgarem que os benefícios não justificariam o grande aumento de custos.

“Pec dos vereadores”

A Pec foi votada no congresso nacional em 2008, ano de eleições municipais, mas como a polêmica foi grande, principalmente no que se refere ao financiamento das câmaras, só se tornou lei em setembro de 2009, nove meses depois da posse. Com isso, a medida só entra em prática nas eleições do ano que vem. Hoje, o Brasil tem quase 51 mil vereadores. Em 2012, esse número pode chegar a 59 mil, caso as câmaras votem a favor do aumento

“Tsunami” no cérebro
Doutorando na UFSJ estuda provável causa da enxaqueca
Os tsunamis, ondas gigantes no oceano, causam muitos problemas mundo afora. As ondas podem também ser motivo de problemas no cérebro. Enquanto no litoral as ondas elevam os níveis de água, no cérebro elas reduzem a atividade elétrica, e podem ser uma das causas da enxaqueca. O doutorando Kelisson Tadeu Ribeiro estuda, na UFSJ, o fenômeno neurofisiológico conhecido como “ondas espirais de depressão alastrante”.
Segundo Kellison, “a depressão alastrante acontece quando a bomba de sódio-potássio de algum neurônio se abre por período acima do normal, o que equilibra as concentrações dos íons das substâncias dentro e fora do neurônio”. Normalmente, no espaço extracelular, entre os neurônios, deve haver mais íons de sódio do que de potássio. Dentro da célula, deve ser o contrário, havendo mais íons de potássio. Quando a bomba - uma espécie de “porta” responsável por manter as concentrações corretas - se abre bruscamente, acontece a queda de atividade elétrica no cérebro.
Isso acontece justamente por que são as entradas de íons de sódio e potássio os responsáveis pelas transferências de impulsos elétricos no sistema nervoso. O pesquisador explica que o fenômeno não se limita a um neurônio, disparando uma onda em espiral que provoca a depressão na atividade elétrica em todo o cérebro.  O fenômeno pode durar até várias horas.
A descoberta das Ondas Espirais de depressão alastrante data de 1944, em Harvard, nos Estados Unidos, quando o brasileiro Aristides Pacheco de Azevedo Leão identificou a falha das bombas de sódio-potássio após crises em epilépticos. Como eles reclamam sentir enxaqueca, o cientista relacionou a depressão alastrante com a dor. O trabalho de Kellison visa comprovar as suspeitas de Aristides Leão. E os resultados apontam para confirmar a patologia como uma das causas da enxaqueca, afetando majoritariamente epiléticos.
Os testes para o estudo são realizados em tecidos nervosos de animais. No decorrer da pesquisa, verificou-se que as drogas também interferem no funcionamento da bomba que provoca o fenômeno neurofisiológico. O doutorando alerta que a depressão alastrante é o último estágio antes da morte do neurônio.
Outro produto das pesquisas é um modelo matemático que serve ao estudo da patologia até por outros cientistas da área. Mais uma indicação da necessidade de estudar a Depressão Alastrante é a possibilidade de se aplicar o modelo matemático às ondas espirais encontradas em corações com arritmia e em tecidos da retina.
 Kellison, que se formou em Física em 2007 na UFSJ, se interessou pelo tema e começou a estudá-lo em seu mestrado, concluído em 2010 na mesma instituição. Agora, ele aprofunda as descobertas em seu doutorado. Um dos planos do estudioso é aprofundar os conhecimentos na Alemanha, que é um dos pólos mundiais de pesquisas sobre o tema.


Jovens de São Tiago promovem Cristoteca
Para um grupo de jovens da cidade de São Tiago (MG), ser cristão não é apenas participar de missas. Para provar isso a outros jovens, eles promovem, no próximo sábado, 17, uma cristoteca.
O evento é uma espécie de discoteca, que vem se consolidando como uma alternativa de lazer na “balada”, diferente da maioria das festas que acontecem.
Apesar de ocorrer à noite e em espaços onde também ocorrem festas não-religiosas, existem duas diferenças básicas, que são a ausência de bebidas alcoólicas e a execução unicamente de músicas católicas remixadas.
O local escolhido para o evento é a Sede Social Santiaguense, e o início está programado para 21h. Para entrar, basta o jovem doar um quilo de alimento não perecível.
Segundo um dos organizadores, Bruno Paranhos, a cristoteca visa “mostrar aos jovens que é possível se divertir, ao mesmo tempo em que se louva a Deus. Assim, os jovens se afastam do pecado”.
Para o público se animar no evento, está confirmada a presença do DJ e produtor musical conhecido como DJ Willian. Ele tem grande experiência na realização de eventos similares, atuando em eventos do gênero em todo o Brasil.
Em seu playlist estão inclusos alguns dos mais famosos artistas católicos, como os padres Marcelo Rossi e Fábio de Melo, Dunga, Eros Biondini, Beatrix, Rosa de Saron e muitos outros.
Na festa, também acontecerá o lançamento do CD Summer, a balada católica volume 2, produzido pelo DJ Willian. O disco inclui algumas das músicas que prometem agitar os jovens presentes.
O evento está sendo promovido pela Pastoral da Juventude e pelo EJC, o Encontro de Jovens com Cristo, da Diocese de Oliveira e da Paróquia de São Tiago Maior e Santana.

A Cristoteca
A cristoteca é uma “balada” realizada para jovens Católicos que tenta, através da arte da dança e da música, atraí-los para a prática da Fé Católica.
 Segundo os católicos, é um espaço alternativo onde os jovens podem se encontrar para uma diversão saudável, bonita e com alegria “santa” e cristã.
Idealizada pelo padre brasileiro João Henrique e pela Comunidade Aliança de Misericórdia, de São Paulo, SP, a Cristoteca é um instrumento de evangelização que surgiu após a viagem do padre à Itália.
Lá, ele percebeu que uma boa parte dos jovens que se perdem nas drogas, no alcoolismo e na prostituição, tem o primeiro contato com esses “pecados” em baladas e discotecas.
Neste espaço os jovens têm um ambiente que é uma verdadeira danceteria, mas não se oferece bebida alcoólica, nem nenhum tipo de drogas lícitas ou ilícitas.
Também não tem espaço para a promiscuidade, o lema é o “namoro sério e santo”. Relatos na internet, de jovens freqüentadores de cristotecas, indicam a aprovação da iniciativa.