sexta-feira, 10 de julho de 2009

Leia "Paradigmas" até o final, não pare no "Para"

Você já imaginou como os paradigmas atrasam o desenvolvimento da humanidade? Quanto tempo se perdeu no desenvolvimento dos carros, dos relógios, da mídia e, voltando quinhentos anos, insistindo que a terra era plana e que o sol girava ao nosso redor? A questão dos paradigmas é extremamente complexa, pois muitas boas idéias foram barradas por eles, contudo algumas que fugiram deles não obtiveram êxito. Se, por um lado, continuar seguindo um paradigma leva sempre aos mesmos resultados, por outro, revolucionar demais é extremamente arriscado.

Apenas três elementos podem amenizar essas questões, o talento, a sensibilidade e o esforço. Somados, eles possibilitam que o indivíduo saiba utilizar padrões de paradigmas pré-existentes com a adição de novos elementos. Esses elementos, em geral, são pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Os relógios mecânicos da suiça eram os melhores do mundo até que os japoneses inventaram o eletrônico. A grande diferença é que os japoneses alteraram apenas a forma de funcionamento, por exemplo, de um relógio de pulso. Certamente, se eles quisessem revolucionar demais, mudando os relógios do pulso para o pescoço, a genial invenção do relógio eletrônico seria fadada ao fracasso. Isso se chama inteligência, pois até historicamente as grandes revoluções começaram com pequenas mudanças de paradigmas, mas que foram alterações importantes.

O segredo para driblar os paradigmas é justamente não querer derrubá-los totalmente, mas usar suas propostas como um ponto de partida. É fato que até para fazer pequenas mudanças um indivíduo encontra dificuldades, mas quem tem a sensibilidade e inteligência para sugerir-las e se esforça em implementá-las superará o até então supra-sumo da área. O problema é que, após as mudanças terem sido feitas, as pessoas imaginam terem chegado ao padrão perfeito e não permitem mais alterações. E a novela se reinicia.

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