terça-feira, 23 de agosto de 2011

Arte e fé para sempre

Obras de arte e fé dos tempos de Tiradentes e Aleijadinho, e objetos sacros que podem ter sido venerados por nossos avós e outros antepassados estão preservados e expostos permanentemente em São João del-Rei no Museu de Arte Sacra. Os visitantes têm disponível uma extensa lista de obras raras, que constam a imagem de Cristo Flagelado esculpida por Aleijadinho, um São Jorge datado de 1765 e imagens da antiga Igreja do Senhor Bom Jesus de Matozinhos.

“As pessoas se sentem no túnel do tempo”, afirma o responsável pelo museu, Mauro André Santos. Segundo ele, o acervo é formado por diversos objetos que servem ao exercício da liturgia, como mobiliários, quadros, oratórios, presépios, e outras alfaias, paramentos (batinas e outras roupas), ex-votos (pinturas e variados objetos para “pagar promessas”) e ainda cruzes, lanternas, coroas, resplendores e jóias em ouro e prata. Também está em exposição uma grande imagem de Santa Margarida de Cortona, conhecida por haver próximo à sua imagem o cão puxando o seu vestido e uma caveira aos seus pés; além de turíbulos, ostensórios, cálices, louças e várias outras belas obras de arte sacra.

Além da peças expostas permanentemente, o Museu também conserva uma reserva técnica, que pode eventualmente ser exposta, caso alguma peça seja retirada para uso nas celebrações litúrgicas e para-litúrgicas. Isso acontece, pois a maioria das obras no Museu de Arte Sacra pertence a Irmandades, Confrarias, Arquiconfraria e Ordens Terceiras da cidade. Para mais entendimento do visitante, são colocados próximo às peças textos explicativos quanto à origem e significado delas.

Em visita ao museu, a estudante Priscila Santiago, de Prados, ficou impressionada com a beleza das peças e com a estrutura do museu. “É tudo muito belo e as peças, apesar da idade, estão muito bem conservadas. Eu adorei tudo, mas o que mais chamou minha atenção foi o Presépio da família Viegas”, diz a estudante. O presépio que encantou Priscila é datado da primeira metade do século XIX, e apresenta vários personagens de natal, em variados tamanhos, que pertenceram a Joaquim Francisco de Assis Pereira, mestre das obras da Igreja do Carmo, também na cidade.

O museu

O museu surgiu nos anos 80 e recentemente passou por reforma que modernizou e expandiu as instalações. Ele é mantido pela Fundação Museu de Arte Sacra de São João del-Rei, com o apoio da Igreja Católica e de órgãos públicos. É instalado no Largo do Rosário, no prédio onde funcionava a cadeia pública, e está aberto à visitação de terça à sexta-feira, de 12h às 17h

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