“Os nossos troféus não estão pendurados na parede. Eles estão nas ruas, trabalhando, estudando, são cidadãos de bem”, é assim que um dos coordenadores da academia Shizen Dojô, Luthero Castorino da Silva, define, com orgulho, as vitórias da entidade de São João del-Rei. É com essa filosofia que são oferecidas aulas gratuitas de Judô e outras artes marciais para cerca de 50 crianças e jovens, trabalhando com eles aspectos psíquicos, morais e sociais, por meio do esporte e da filosofia oriental de disciplina. Uma característica inédita da entidade é não participar de competições com outras academias.
Os quatro professores voluntários e o mestre-fundador da entidade, Roberto Ideack Satto, visam em suas aulas usar o esporte como instrumento de prevenção contra as drogas. “Nós trabalhamos a cabeça deles antes. Diga não às drogas. Então nós estamos sempre trabalhando na prevenção”, explica Luthero Silva. Um dos alunos, Diogo de Almeida, de 15 anos, afirma que “nas aulas a gente aprende a ter um bom convívio social e familiar, boas normas de conduta, boas notas na escola e uma boa relação no trabalho”. Já o aluno Marlon Chagas, de 13 anos, aprendeu que “O judoca deve se manter afastado de brigas e confusões”.
A postura da entidade é que o principal para o aluno é se superar e não superar o próximo
Luthero Silva explica que “acontecem exames de seis em seis meses. E a filosofia é diferente. Conta mais pra nós a nota da escola do que do conhecimento propriamente dito do Judô. Então, a nota da escola é eliminatória, a do lar é eliminatória, pois os pais vêm aqui dar a nota. E por último a do Judô”.
Além de Judô, os jovens também podem aprender Kung Fu, Tai-chi-chuan, defesa pessoal, Kempô e algumas outras artes marciais. O amor à natureza também faz parte dos ensinamentos. Luthero Silva conta que periodicamente leva alunos para aulas na fazenda, junto à natureza.
Surgimento e manutenção
O Shizen Dojo surgiu em 10 de outubro de 1986, sempre mantido sem apoio público e com a ajuda de empresários e colaboradores. Atualmente, enfrenta sérias dificuldades. Após atraso de seis meses no aluguel, foram despejados do prédio em que atuavam. Em julho, as aulas passam a ser oferecidas na sede própria ainda
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