Universidade Federal de São João del-Rei
Curso de Comunicação Social – Jornalismo
Disciplina: Jornalismo Online
Professor: João Barreto
Aluno: Alisson Reis e Bruno Ribeiro – 4º
período – 23/11/10
Atividade: Questão de prova
Por que vivemos em uma
cultura de interface?
Para
obtenção de uma das possíveis respostas para esta pergunta, torna-se relevante
refletir, primeiramente, o que seria e quais são as características de uma
cultura de interface. Se cultura é toda a expressão do saber, agir e interagir
de um povo numa determinada região geográfica e interface seria tudo aquilo que
se encontra no meio de um canal de comunicação entre duas faces, logo, cultura
de interface pode ser compreendida como toda realidade de
relacionamento/interação que se desenvolve a partir de um meio
técnico-midiático, que em nosso caso, trata-se do computador.
Sabe-se que
é crescente no século XXI a necessidade de se comunicar cada vez mais e melhor
através da grande rede. Este próprio trabalho já é um grande exemplo para explicar
a cultura de interface. Para que tal atividade avaliativa fosse devidamente
produzida para esta disciplina, tivemos de buscar, comunicar e nos relacionar
com artigos, textos e autores, inclusive online, a fim de sanar dúvidas,
estimular o pensamento e construir um conhecimento, o qual está sendo
transmitido por nós para este documento, graças à função de interface conferida
ao meu computador.
Vale
ressaltar que o desejo de se comunicar com outra pessoa, realidade, local ou
ambiente o quanto antes e da melhor maneira possível sempre existiu na
humanidade, desde as grandes navegações, a partir do século XV, até os dias
atuais. O que muda são as ferramentas de interface: cartas, telégrafos,
telefone, rádio, TV, celulares e computador/internet.
Quando o conceito de interface
começou a aparecer ele era entendido como o hardware e o software através dos
quais um Humano e um computador podiam se comunicar. Hoje o conceito de
interface inclui também aspectos relativos ao processamento perceptual, motor,
viso-motor e cognitivo do usuário, é o que explica a pesquisadora do Instituto
de Computação da Unicamp, Maria Cecília Baranauskas (1999).
Hoje, somos
afetados por um movimento geral de virtualização, que atinge não somente a
informação e a comunicação com suas interfaces, mas também os corpos, o
funcionamento econômico, os quadros coletivos da sensibilidade ou o exercício
da inteligência, é o que afirma Pierre Levy (1996), na obra “O que é o
virtual”. Nesta corrente crescente de
virtualização das relações humanas, a interface tecnológica ganha cada vez mais
espaço, importância e utilidade no contexto cultural de nossas vidas. Os
celulares são uma grande prova, visto que, com o passar do tempo, eles têm se
configurado como interfaces cada vez mais multifuncionais, otimizando a
comunicação com nosso destinatário.
No
Jornalismo Online do terceiro milênio esse avanço é consideravelmente positivo,
já que a interatividade e velocidade da comunicação transmitida, com auxílio
das novas interfaces, têm grande valor, visto serem elas o meio pelo qual toda
a carga de informação chega, tanto para o receptor, quanto para o emissor. A
influência das tecnologias de comunicação sobre a cultura e a prática
jornalística é tão consistente, que surgem pela grande rede, outros estilos do
próprio fazer profissional do meio.
É o caso dos “Blogs como uma nova
categoria do Webjornalismo”, que foi assunto e título de um artigo científico
da pesquisadora Juliana Lúcia Escobar. Como reflexo das novas relações com as
interfaces cibernéticas da atualidade, dentro do campo jornalístico, podemos
citar o blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, uma
referência quando o objetivo é observar e participar de um novo fórum de
discussões políticas no Brasil. Novas relações, novas saberes, novas atitudes,
nova cultura, essas deverão ser as vertentes que continuarão permeando nossa
cultura que se consolida cada vez mais via interfaces tecnológicas.
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