sexta-feira, 18 de maio de 2012


Universidade Federal de São João del-Rei
Curso de Comunicação Social – Jornalismo
Disciplina: Jornalismo Online
Professor: João Barreto                                                               
Aluno: Alisson Reis e Bruno Ribeiro – 4º período – 23/11/10
Atividade: Questão de prova

Por que vivemos em uma cultura de interface?

            Para obtenção de uma das possíveis respostas para esta pergunta, torna-se relevante refletir, primeiramente, o que seria e quais são as características de uma cultura de interface. Se cultura é toda a expressão do saber, agir e interagir de um povo numa determinada região geográfica e interface seria tudo aquilo que se encontra no meio de um canal de comunicação entre duas faces, logo, cultura de interface pode ser compreendida como toda realidade de relacionamento/interação que se desenvolve a partir de um meio técnico-midiático, que em nosso caso, trata-se do computador.
            Sabe-se que é crescente no século XXI a necessidade de se comunicar cada vez mais e melhor através da grande rede. Este próprio trabalho já é um grande exemplo para explicar a cultura de interface. Para que tal atividade avaliativa fosse devidamente produzida para esta disciplina, tivemos de buscar, comunicar e nos relacionar com artigos, textos e autores, inclusive online, a fim de sanar dúvidas, estimular o pensamento e construir um conhecimento, o qual está sendo transmitido por nós para este documento, graças à função de interface conferida ao meu computador.
            Vale ressaltar que o desejo de se comunicar com outra pessoa, realidade, local ou ambiente o quanto antes e da melhor maneira possível sempre existiu na humanidade, desde as grandes navegações, a partir do século XV, até os dias atuais. O que muda são as ferramentas de interface: cartas, telégrafos, telefone, rádio, TV, celulares e computador/internet.
            Quando o conceito de interface começou a aparecer ele era entendido como o hardware e o software através dos quais um Humano e um computador podiam se comunicar. Hoje o conceito de interface inclui também aspectos relativos ao processamento perceptual, motor, viso-motor e cognitivo do usuário, é o que explica a pesquisadora do Instituto de Computação da Unicamp, Maria Cecília Baranauskas (1999).
            Hoje, somos afetados por um movimento geral de virtualização, que atinge não somente a informação e a comunicação com suas interfaces, mas também os corpos, o funcionamento econômico, os quadros coletivos da sensibilidade ou o exercício da inteligência, é o que afirma Pierre Levy (1996), na obra “O que é o virtual”.  Nesta corrente crescente de virtualização das relações humanas, a interface tecnológica ganha cada vez mais espaço, importância e utilidade no contexto cultural de nossas vidas. Os celulares são uma grande prova, visto que, com o passar do tempo, eles têm se configurado como interfaces cada vez mais multifuncionais, otimizando a comunicação com nosso destinatário.
            No Jornalismo Online do terceiro milênio esse avanço é consideravelmente positivo, já que a interatividade e velocidade da comunicação transmitida, com auxílio das novas interfaces, têm grande valor, visto serem elas o meio pelo qual toda a carga de informação chega, tanto para o receptor, quanto para o emissor. A influência das tecnologias de comunicação sobre a cultura e a prática jornalística é tão consistente, que surgem pela grande rede, outros estilos do próprio fazer profissional do meio.
É o caso dos “Blogs como uma nova categoria do Webjornalismo”, que foi assunto e título de um artigo científico da pesquisadora Juliana Lúcia Escobar. Como reflexo das novas relações com as interfaces cibernéticas da atualidade, dentro do campo jornalístico, podemos citar o blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, uma referência quando o objetivo é observar e participar de um novo fórum de discussões políticas no Brasil. Novas relações, novas saberes, novas atitudes, nova cultura, essas deverão ser as vertentes que continuarão permeando nossa cultura que se consolida cada vez mais via interfaces tecnológicas.
                          

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