Universidade Federal de São João
del-Rei
Curso de Comunicação Social – 2º
período 2009
Disciplina: Técnicas Jornalísticas
Professora: Jairo Faria Mendes
Aluno: Bruno Ribeiro Caputo
Atividade: Perfil de Tom Zé
Que Tom é esse?
Os sete tons
musicais, dó, ré, mi,
fá, sol, lá, si, dó, podem ser resumidos em apenas um: o Tom Zé. Músico
inovador, perfeccionista e criativo, Tom Zé conquistou palcos da Europa e
Estados Unidos, sem nunca se esquecer de sua origem, a pequena Irará, na Bahia.
Ousado, ele arrisca falar e cantar na língua do país por onde se apresenta,
para sempre interagir com o público.
Também ousou ao cantar os versos “Explicar para confundir, iluminar
para cegar”, em plena Cidade Luz. Em um mundo musical, em que a maioria dos
artistas usa o velho esquema bateria, baixo, guitarra, violão e teclados, Tom
inovou, usando até enceradeiras, martelos e moto-esmeril como instrumentos.
“Não se pode fazer igual ao melhor, pois
esse ‘melhor’ já está pronto. É preciso fazer melhor que o melhor sempre”
Aos 73 anos, ele
participou da Tropicália, ao lado de Veloso e Gil, venceu festivais nos anos
60, caiu no esquecimento nos anos 70, mas foi descoberto e lançado no exterior
por um produtor britânico, o que fez com que o artista fosse finalmente
reconhecido no Brasil.
Sua música é
inclassificável, não podendo ser totalmente enquadrada em nenhuma divisão
existente. Cada um de seus shows é uma caixinha
de surpresas, repleta de improvisos. Seu talento e originalidade fazem com que
cada apresentação seja única e inesquecível.
Mesmo
se considerando um péssimo cantor, compositor e instrumentista convencional,
Tom Zé é perfeccionista e exigente. Ele acredita que “não se pode fazer igual ao
melhor, pois esse ‘melhor’ já está pronto. É preciso fazer melhor que o melhor,
sempre”. Tom acha um tom em tudo, por isso compõe o tempo todo.
Tanta
criatividade está registrada em seus 21 discos. Destacam-se Estudando o Samba, de 1976; Com Defeito de
Fabricação, que em 1998 foi eleito, pelo The
New York Times, um dos dez melhores álbuns do ano; e o recente Estudando a Bossa, de 2008. Tom
Zé está sempre acompanhado de sua esposa Neusa. Ela “está atrás dos bastidores
e à frente de tudo”.
O ilustre cidadão Iraraense, Antônio
José Santana Martins, o Tom Zé, é um homem sensível e apaixonado pelo seu
trabalho. Ama o Brasil imensamente, mesmo só tendo reconhecimento em seu país, depois
de ser aplaudido na Itália, Suíça, França, Inglaterra... Ele provou aos
conterrâneos que seus “ruídos loucos” e sua sonoridade surreal eram música de
verdade e da melhor qualidade. Tom Zé,
com sua música rica e diferente, resumiu os sete tons musicais criados há uns
mil anos em Apenas um: o Tom Zé.
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