sexta-feira, 18 de maio de 2012


Universidade Federal de São João del-Rei
Curso de Comunicação Social – 2º período 2009
Disciplina: Técnicas Jornalísticas
Professora: Jairo Faria Mendes
Aluno: Bruno Ribeiro Caputo
Atividade: Perfil de Tom Zé
Que Tom é esse?
Os sete tons musicais, dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó, podem ser resumidos em apenas um: o Tom Zé. Músico inovador, perfeccionista e criativo, Tom Zé conquistou palcos da Europa e Estados Unidos, sem nunca se esquecer de sua origem, a pequena Irará, na Bahia. Ousado, ele arrisca falar e cantar na língua do país por onde se apresenta, para sempre interagir com o público.
Também ousou ao cantar os versos “Explicar para confundir, iluminar para cegar”, em plena Cidade Luz. Em um mundo musical, em que a maioria dos artistas usa o velho esquema bateria, baixo, guitarra, violão e teclados, Tom inovou, usando até enceradeiras, martelos e moto-esmeril como instrumentos.

“Não se pode fazer igual ao melhor, pois esse ‘melhor’ já está pronto. É preciso fazer melhor que o melhor sempre”

Aos 73 anos, ele participou da Tropicália, ao lado de Veloso e Gil, venceu festivais nos anos 60, caiu no esquecimento nos anos 70, mas foi descoberto e lançado no exterior por um produtor britânico, o que fez com que o artista fosse finalmente reconhecido no Brasil.
Sua música é inclassificável, não podendo ser totalmente enquadrada em nenhuma divisão existente. Cada um de seus shows é uma caixinha de surpresas, repleta de improvisos. Seu talento e originalidade fazem com que cada apresentação seja única e inesquecível.
Mesmo se considerando um péssimo cantor, compositor e instrumentista convencional, Tom Zé é perfeccionista e exigente. Ele acredita que “não se pode fazer igual ao melhor, pois esse ‘melhor’ já está pronto. É preciso fazer melhor que o melhor, sempre”. Tom acha um tom em tudo, por isso compõe o tempo todo.
Tanta criatividade está registrada em seus 21 discos. Destacam-se Estudando o Samba, de 1976; Com Defeito de Fabricação, que em 1998 foi eleito, pelo The New York Times, um dos dez melhores álbuns do ano; e o recente Estudando a Bossa, de 2008. Tom Zé está sempre acompanhado de sua esposa Neusa. Ela “está atrás dos bastidores e à frente de tudo”.
O ilustre cidadão Iraraense, Antônio José Santana Martins, o Tom Zé, é um homem sensível e apaixonado pelo seu trabalho. Ama o Brasil imensamente, mesmo só tendo reconhecimento em seu país, depois de ser aplaudido na Itália, Suíça, França, Inglaterra... Ele provou aos conterrâneos que seus “ruídos loucos” e sua sonoridade surreal eram música de verdade e da melhor qualidade.  Tom Zé, com sua música rica e diferente, resumiu os sete tons musicais criados há uns mil anos em Apenas um: o Tom Zé.

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